Policia praticamente não tem duvidas, mas vai aguardar resultado de exames |
A Polícia Civil prendeu, no final
da tarde desta quinta-feira (30), um homem de 40 anos suspeito de ter matado Mara
Josiane dos Santos, 36 anos, encontrada morta no início da semana em uma
plantação de milho localizada, à margem da PR 317, em Maringá. A vítima estava
nua, sem documentos e apresentava lesões no rosto, axila e pescoço. Desde o
início da semana, todas as equipes da Delegacia de Homicídios(DH) estavam
empenhadas em buscas de pistas para tentar identificar o autor do homicídio,
também suspeito de matar, ao menos, outras oito mulheres num intervalo de cinco
anos. Os investigadores analisam imagens gravadas por três câmeras de segurança instaladas no centro da cidade. O suspeito
foi identificado através de vestígios encontrados sob uma torre de transmissão
de energia situada na Estrada da Roseira, onde a polícia acredita que Mara foi
morta. O milharal, situado a cerca de três quilômetros de distância, foi usado
apenas para desova do corpo, numa tentativa de confundir as investigações. No
local foram achadas as vestes da vítima. Junto às roupas, também foi encontrado
um pedaço da pintura de um veículo de cor azul metálico, tipo de tinta comumente
desenvolvida para carros de alto valor. O achado chamou a atenção, já que o
local é uma área de mata, sem trânsito para veículo. Tendo a cor do veículo
como base, a DH passou a analisar imagens gravadas por câmeras de segurança instaladas
em vários pontos da cidade. No entanto, em meio a mais de 40 horas de
gravações, apenas uma despertou a atenção da polícia: uma multa aplicada em um
veículo BMW 325 I, ano 95, azul metálico, no início da madrugada de segunda-feira
por um radar instalado na Avenida Morangueira. Após consultar a placa, a polícia
descobriu que o carro estava registrado em nome de Roneys Fon Firmino Gomes,
morador da Vila Operária, que já havia cumprido pena por roubo a banco, em
2002, e processado por receptação, em 2011. O carro encontrado na garagem da
casa do suspeito estava com a pintura quebrada em dois pontos na parte dianteira
inferior. O pedaço coletado na cena do crime encaixou-se perfeitamente em uma
das quebraduras. "Foi como montar um quebra-cabeça. O encaixe foi
perfeito", afirmou o delegado da DH, Diego Elias de Freita. Como o suspeito não estava na residência, a
polícia orientou a família para que ele comparecesse à delegacia para dar
explicações sobre sua suposta ligação com o tráfico . Desconfiado, Gomes se
apresentou, acompanhado de duas irmãs e uma jovem, de 21 anos, por volta das
17h15. Embora casado, Gomes contou que teria passado a noite de domingo e
madrugada de segunda-feira em companhia de sua amante, no caso a jovem de 21
anos, que o aguardava na recepção. Inicialmente, a jovem indicada como álibi
confirmou a versão do suspeito, porém ao ser alertada que poderia responder por
falso testemunho, voltou atrás e afirmou que havia mentido a pedido de Gomes.
Mesmo negando a autoria do crime, Gomes recebeu voz de prisão ele teve a prisão
temporária decretada após prestar depoimento. A polícia aguarda agora o
resultado dos exames de confrontação genética e também investiga o envolvimento
do suspeito na morte de pelo menos outras oito mulheres. Todas as vítimas
atuavam como garotas de programa e tiveram os corpos
espancados, esganados ou esfaqueados
desovados de forma semelhante: a maioria na zona rural.
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