Esta última semana em Paiçandu, foi
de longe, a mais agitada em nossa política. Pela segunda (ou seria terceira?)
vez Paiçandu iria votar a cassação de um Prefeito. Um Prefeito que não
respondeu a nenhum questionamento, um
prefeito que teve atitudes duvidosas e, segundo o relatório final da
comissão processante que o investigava, teve responsabilidade no caso dos pneus
doados pela Receita Federal. Charge de Mariano para A Charge Online. Sabemos
que um vereador tem o dever e a responsabilidade de fiscalizar as atividades do
executivo e, mesmo assim ,o prefeito Tarcísio acusa os vereadores que o
investigavam de estarem "perseguindo" ele simplesmente pelo fato dos
vereadores fazerem oque são pagos para fazer: Fiscalizar e investigar. Mesmo
assim se o Prefeito estivesse mesmo sendo perseguido, durante toda essa
"epopéia" que foi as investigações, porque simplesmente não prestou
esclarecimentos ?. De fato ocorreu uma perseguição. O executivo contra o
legislativo. O Prefeito lutando pelo direito de não ser investigado nem
questionado. Primeiro - ao iniciar a comissão processante - o prefeito dá
entrada num pedido de afastamento de um dos vereadores que o investigava. Sem
sucesso, o Prefeito dá continuidade a sua perseguição pedindo o afastamento do
mesmo vereador no diretório do partido de ambos (Prefeito e vereador são do
mesmo partido). Em nenhum dos casos o Prefeito obteve sucesso. Logo, veio o
pedido publicado no diário oficial para que o prefeito comparecesse a comissão
processante e desse depoimento. Uma chance de se explicar e provar que todos
estavam errados. O Prefeito manda um atestado médico sem o CID da doença e não
comparece. Nova oportunidade. Novamente o prefeito falta ao depoimento e nesta
vez, não se preocupa em justificar a ausência. Porque tanto medo dos vereadores
fazerem o seu trabalho ? Porque tantas duvidas e nenhuma resposta ?. Os
vereadores Diego Sanches, Marcelo Enumo e Toninho do PT finalizam o relatório
(sem depoimento algum do Prefeito Tarcísio) e a Câmara marca uma audiência
pública para julgar o Prefeito. Daí em diante oque foi visto pode ser chamado
de Desespero. Vídeos e mais vídeos pipocaram da página do Prefeito dizendo como
ele é trabalhador e o quanto ele foi bom para cidade e é. Secretários cargos
comissionado e todo tipo de gente que recebe dinheiro público para defende-lo
encheram as redes sociais para dizer que o Prefeito tinha que continuar e que
um golpe estava sendo organizado para cassa-lo. Carros de som andavam pela
cidade em tom ameaçador dizendo que "Se o prefeito sair, Paiçandu não terá
paz, deixe o prefeito" e um dos atos mais abomináveis surgiram em seguida.
A cidade amanheceu na quinta-feira (dia da audiência) totalmente pichada com os
dizeres "Democracia sim!! Golpe não!!". De alguma forma, alguém ou
"alguns" resolveram que pichar propriedades privadas seria o
necessário para permitir que o Prefeito continuasse a trabalhar duramente para
melhorar a cidade (como por exemplo, licitando R$ 500 mil reais em salgadinhos,
grande investimento). Mas a cartada final veio depois, em meio a protestos
orquestrados e devidamente pagos, a sessão do dia 16/07/2015 nem ao menos foi
iniciada pois uma liminar judicial dizia que o Prefeito tinha direito a 5 dias
úteis para se explicar sobre as acusações. O questionamento que aqui proponho
é: Porque o Prefeito não se defendeu nas duas vezes em que foi chamado para
depor?. Por fim, chegamos ao seguinte conceito de politica de acordo com as
pessoas que apoiam tais práticas: Sessão para julgar um relatório elaborado por
uma comissão de vereadores = Golpe. Liminar
na justiça para impedir uma sessão que julgaria um relatório elaborado por uma
comissão de vereadores = Democracia.
Fonte Blog Perna/Folha de Paiçandu
O perna apenas re-publicou. Os créditos são exclusivos a Folha.
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