A empresa farmacêutica Sanofi
Pasteur pretende oferecer sua vacina contra a dengue ao mercado brasileiro no
início de 2016. A empresa encerrou os testes clínicos e apresentou o pedido de
registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no
dia 31 de março deste ano. A agência informou em seu site que a Sanofi já
finalizou as etapas de estudo clínico e o pedido de registro tem análise
prioritária. Para dar conta da demanda esperada, a empresa inaugurou uma
fábrica em Lyon, na França, com capacidade para produzir 100 milhões de doses
por ano. Para garantir imunização, a vacina deve ser aplicada em três doses,
com intervalos de seis meses. Será a primeira vacina contra a dengue no
mercado, mas o custo por pessoa ainda não foi definido. A vacina brasileira
contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantã, de São Paulo, tem um
atraso de mais de quatro anos em relação à concorrente. De acordo com a Anvisa,
enquanto a Sanofi já encerrou a fase três dos testes clínicos, iniciada em
dezembro de 2010 e que avaliou a eficácia da vacina, o Butantã entrou com o
pedido para iniciar esses testes apenas no dia 10 de abril de 2015. Conforme a
agência, os estudos da fase dois do ensaio clínico da vacina do Butantã ainda
não foram concluídos. Esse estudo, que avalia a segurança para a população e a
resposta da vacina ao vírus, estará disponível no final de junho. Só após a
conclusão dos testes será possível pedir o registro do imunizante. A vacina
brasileira tem a vantagem de ser aplicada em dose única para imunizar contra os
quatro sorotipos de vírus da doença.
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