A Rede Mãe Paranaense propõe a organização da atenção materno-infantil nas ações do pré-natal e puerpério e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, em especial no seu primeiro ano de vida.
É um conjunto de ações que envolve a captação precoce da gestante, o seu acompanhamento no pré-natal, com no mínimo 7 consultas, a realização de 17 exames, a classificação de risco das gestantes e das crianças, a garantia de ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco, a garantia do parto por meio de um sistema de vinculação ao hospital conforme o risco gestacional.
Componentes da Rede Mãe Paranaense
Uma rede de atenção se consolida a partir da implantação dos seus cinco componentes. Por isso o Governo do Paraná está investindo na Rede Mãe Paranaense com as seguintes ações:
1. A atenção primária organizada em todos os 399 municípios do Paraná é pressuposto para a implantação da Rede Mãe Paranaense. Por meio do Programa APSUS, de qualificação da Atenção Primária à Saúde em todos os municípios, o Governo do Estado está alocando recursos financeiros para:
• Melhoria da estrutura dos serviços de Atenção Primária à Saúde – APS, investindo na construção, reforma, ampliação e equipamentos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
• Incentivo financeiro para os municípios.
• A implantação da segunda opinião e o telessaúde para apoiar os profissionais das equipes de APS.
• Ampliar as ações na área de saúde bucal, em especial à gestante e à criança.
• Apoiar os municípios para a realização do acompanhamento das crianças de risco até um ano de vida.
2. Na atenção secundária e terciária:
• A implantação dos ambulatórios para atendimento da gestante e criança de risco nas 22 regiões de saúde do Estado, por meio doCOMSUS, programa estadual de apoio aos Consórcios Intermunicipais de Saúde.
• A garantia da referência hospitalar para a realização do parto de modo seguro e solidário, o mais natural possível, de acordo com o grau de risco da gestante, por meio de um sistema de vinculação da gestante, organizado via HOSPSUS, programa de qualificação dos hospitais públicos e filantrópicos do SUS do Paraná.
• A alocação de recursos para a ampliação de leitos de UTI adulto, neonatal e pediátrica, bancos de leite humano, e a melhoria das condições das salas de parto nos hospitais vinculados.
• Instituir o incentivo de qualidade do parto para os hospitais que atendem os critérios para uma adequada atenção ao parto.
3. Os sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico (tratamentos).
• A garantia dos exames de pré-natal e do acompanhamento da criança.
• Viabilizar os insumos necessários para o funcionamento da Rede de Atenção Materno Infantil.
4. Os sistemas logísticos: cartão SUS, Sisprenatal (Sistema de Informação do Pré-natal e Nascimento), prontuário (carteira da criança e da gestante), transporte sanitário eletivo e de urgência, e a regulação do sistema.
• Padronizar a utilização da carteira da gestante e da criança em todo o Estado.
• Disponibilizar a carteira da gestante e da criança para os municípios.
• Implementar transporte sanitário eletivo e de urgência para gestantes e crianças de risco menores de um ano.
5. O sistema de governança da rede, por meio das Comissões Intergestores Bipartites – CIB Regionais.
• Implantar o sistema de monitoramento da Rede Mãe Paranaense em todas as regiões de saúde do Estado.
• Qualificar os profissionais que atuam nos pontos de atenção da rede por meio de programas de educação permanente.
A quem se dirige a Rede Mãe Paranaense
O público alvo são as mulheres em idade fértil e crianças menores de 1 ano de idade, o que, segundo dados do IBGE/2010, representa uma população de 177.557 mulheres e, de acordo com dados do SINASC (Sistema Nacional de Nascidos Vivos), 152.350 nascidos vivos no estado do Paraná no ano de 2011.
Embora a Rede Mãe Paranaense tenha como público alvo as mulheres e crianças, é importante destacar que ações implantadas deverão promover a qualidade de vida de toda a Família Paranaense.
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