Ao saber que as meninas jovens e bonitas que desempenhavam essa função foram definidas pela polícia como "pastinhas" do esquema, Luciane disse que poderia ser capa da "Playboy" como "A Pastinha".
MULHER FRUTA
Luciane Hoepers, 33, é loira, tem olhos verdes e aparece em fotos e imagens sensuais, todas espalhadas pela internet. Os atributos físicos da modelo e de outras pastinhas presas pela polícia chamaram atenção até mesmo de advogados que passaram pela Superintendência da PF em Brasília no dia em que a operação Miqueias foi deflagrada. Um deles chegou a dizer que as academias da capital federal devem ter ficado vazias, porque as "mulheres frutas" estavam detidas.
A beleza da modelo também foi assunto de um dos diálogos interceptados pela PF em abril deste ano. Luciane falava com o deputado estadual de Goiás Samuel Belchior (PMDB) que alertou para ela tomar cuidado com o "poder grande" de atrair as pessoas.
"[...]Agora, cê tem que tomar cuidado. Um poder grande que cê tem é (...) físico. Então, a pessoa, às vezes, se aproxima de você primeiro pelo que? Primeiramente pela beleza sua, pela pessoa e tal, depois pelas outras coisas. Uma coisa leva a outra. Então vá com cuidado", disse.
NEM BRUXA, NEM CINDERELA
Numa entrevista para a revista "Fluir", acompanhada de um ensaio de fotos, Luciane se definiu como "nem bruxa, nem Cinderela". Para a Polícia Federal, no entanto, ela é suspeita de participar do esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão por meio da empresa Invista, usada pela quadrilha para oferecer investimentos aos regimes de previdência de municípios.
"O envolvimento da 'pastinha' Luciane Lauzimar Hoepers no esquema criminoso desenvolvido pela Invista é inconteste", diz diz relatório da PF. O documento afirma que Luciane abordou os prefeitos de Porto Murtinho (MS), Ponta Pora (MS}, Cuiaba (MT), Catalao (GO), Joinville (SC), Blumenau (SC) e Jundiaí (SP), entre outros municípios.
Além de confessar que participou do esquema, ela afirmou à polícia que pelo menos um dos prefeitos procurados por ela aceitou propina. Foi oferecido à Luciane o benefício da delação premiada. No entanto, como ela ainda não tem advogado, o acordo de colaboração não foi feito.
Ela ficou cinco dias presa e foi indiciada por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
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