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12/04/2013

GOVERNO PODE SUBIR JUROS PARA COMBATER INFLAÇÃO "DIZ MINISTRO"

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo tomará as medidas necessárias para combater a inflação e controlar as expectativas dos investidores, inclusive a elevação da taxa de juros, se necessário. "Não titubeamos em tomar medidas. Inclusive, posso dizer que mesmo as medidas que são consideradas menos populares são tomadas, por exemplo, em relação às taxas juros quando isso é necessário", disse Mantega. Ele disse ainda que não se pauta pelo calendário político para tomar medidas contra a alta dos preços. "Se vocês olharem ao longo do tempo, nós elevamos juros em véspera de eleição. Por exemplo, em 2010 nós elevamos taxa de juros. Portanto, não nos pautamos por calendário político". Além disso, Mantega afirmou que a economia vai continuar se recuperando ao longo deste ano. "O investimento realmente deslanchou e deve se manter nessa trajetória ao longo de 2013", disse. O ministro participou nesta manhã do seminário "Rumos da Economia", da revista "Brasileiros", em São Paulo. Inflação estoura teto da meta. A inflação oficial superou o teto da meta oficial do governo em março, pela primeira vez em mais de um ano. Os alimentos mais uma vez pressionaram a alta dos preços no país, com o tomate sendo eleito o grande vilão da inflação (alta de 122,13% em um ano).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,59% nos últimos 12 meses. É a maior taxa desde novembro de 2011, quando a inflação chegou a 6,64%. O Banco Central, que se reúne na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros, tem como meta a inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Juros podem subir
Na terça-feira (9), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia afirmado ser possível que a autoridade monetária tome outras ações para conter a inflação, reiterando que se mantém cauteloso devido à permanência de incertezas em relação aos preços."Ações foram tomadas, mas é plausível afirmar que outras poderão ser necessárias. Para decidir sobre isso, o Banco Central irá acompanhar a evolução do cenário econômico", disse.

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