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15/09/2015

DETERMINADOS FATOS OCORREM PARA NÃO SEREM ENTENDIDOS


Somente o laudo da morte e a perícia vão constatar o que aconteceu com Renata Mikoszewski de Muggiati, de 32 anos, tricampeã fitness brasileira. Ela caiu do 31º andar do prédio onde morava, na madrugada de sábado (12), no cruzamento da Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com Comendador Araújo, no centro de Curitiba. O que os policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) procuram saber, é se o namorado de Renata, que estava com ela na hora da queda, poderia ter evitado ou não o que aconteceu. Os policiais também buscam informações para descobrir se ele teria incitado que a jovem se jogasse, caso a queda não tenha sido causada pela mulher ou um acidente. De acordo com o delegado titular da DHPP, Miguel Stadler, o namorado de Renata foi ouvido e disse aos investigadores que, no dia da queda, a mulher tentou se jogar do prédio outras duas vezes. Ele conseguiu evitar que ela pulasse e, em um momento de distração, na terceira tentativa, ela conseguiu se jogar pela janela. Renata estaria em depressão profunda e teria dado indícios disso a algumas pessoas próximas, inclusive ao namorado, que também seria médico e a tratava. Uma semana antes, ela tomou vários comprimidos e tentou se matar. No dia, foi preciso que policiais militares entrassem no apartamento e arrombassem a porta do quarto dela. O namorado tinha conhecimento disso. Os policiais conseguiram confirmar o histórico de discussões e agressões, que viriam por parte do namorado. Conforme informou a DHPP, a mulher teria pedido ajuda a muitas pessoas, mas ao mesmo tempo recuava e continuava com o rapaz. Nenhum boletim de ocorrência foi feito contra o namorado. Apesar disso, alguns amigos de Renata teriam dito que ela mudou o comportamento depois de conhecer o rapaz e vizinhos teriam dito aos policiais que, no dia da queda, ouviram gritos vindos do apartamento. Para descobrir se o namorado teve alguma participação no que aconteceu ou não, a polícia pediu uma série de exames e perícias. O Instituto de Identificação coletou digital na janela de onde Renata teria caído e a análise terá papel importante no resultado final das investigações. Imagens das câmeras de segurança do prédio também foram pedidas e serão analisadas. A postagem no Facebook, que teria sido feita por Renata momentos antes da queda acontecer, também está sendo analisada. Isso porque outras postagens desapareceram da página da mulher e a polícia quer descobrir se foi realmente ela quem colocou o texto na  internet. De acordo com o delegado, os investigadores estão coletando o máximo de informações, devem ouvir mais pessoas e, se for necessário, até o namorado de Renata será ouvido novamente. Caberá à Justiça definir se ele teve culpa ou não no que aconteceu, mesmo que seja em ter incitado que ela se jogasse da janela. A cremação do corpo de Renata estava programada para sábado (12), mas não foi feita. O delegado disse que o corpo da mulher deve ser cremado nos próximos dias, pois todos os exames necessários foram solicitados e já foram feitos. Detalhes do trabalho de investigação podem ser divulgados nos próximos dias.




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