Quem é o próximo |
A palavra pode parecer meio pesada, mas em Paiçandu nas
ultimas gestões todos os prefeitos e vice prefeitos romperam politicamente seus
compromissos e se transformaram em inimigos políticos. Dada as circunstâncias
de que cada caso é um caso, vejamos o que antecedeu cada um deles. Em 2003
após a justiça determinar novas eleições em Paiçandu, Moacyr José de Oliveira
apontado como mentor das denuncias da época foi candidato pelo PMDB tendo como seu
vice o comerciante Nelson Teodoro de Oliveira. Vistos como salvadores da pátria
Paiçanduense foram eleitos após uma sucessiva alternância de poder entre
membros do mesmo grupo. Governaram por um ano e seis meses. Em 2004 a mesma
chapa buscou a reeleição e de forma até surpresa obtiveram juntos a maior
votação da historia política de Paiçandu. Mas nem tudo são flores. Nelson
Dayane queria um espaço no governo de Moacyr José de Oliveira, para alavancar
seu nome e em 2008 ser o candidato a prefeito. Mas do atual prefeito ele recebeu
apenas um: “SOME AQUI DA PREFEITURA” Nelson chegou até ser secretario de Saúde,
mas se afastou da prefeitura após rompimento com Moacyr José de Oliveira. Mas
como dizem os antigos, DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM. Espalhou-se pela cidade na
época que o vice Nelson Dayane arquitetou a cassação de Oliveira. E de fato
isso ocorreu faltando um ano e oito meses para o termino do mandato de
Oliveira. A Câmara cassou o mandato de Moacyr José por unanimidade, o castigo
veio a cavalo. O então vice prefeito assumiu a prefeitura e pode-se se dizer
que deu o troco. Mas isso é meramente especulatório. Dayane não quis disputar
as eleições de 2008, uns dizem que por impedimento da família já outros que
porque ele não teria chance contra uma oponente que vinha forte para as eleições
de 2008 Maria Rita. Eis que o cenário político mudou e o PMDB que já havia
vencido as eleições de 2003 e 2004, seguiu forte e disputou as eleições de
2008, agora o candidato foi o vereador Vladimir da Silva, Maria Rita que tinha
tudo para ser prefeita, abriu mão da disputa, segundo dizem, não tinha recursos
financeiros para a sua campanha. Rita aceitou ser vice de Vladimir da Silva,
sonhando com o dia que assumiria a prefeitura de Paiçandu ao menos no período
em que o prefeito se afastasse, mas isso não aconteceu e o clima entre Maria
Rita e Vladão já não era mais o mesmo ao que antecedeu as eleições
municipais. Sem espaço no governo do PMDB Maria Rita, no ditado popular deixou
o bonde passar. Mas como se já não bastasse o rompimento dos vices em 2004 e
2008 em 2012 não foi diferente. O atual prefeito Tarcísio Marques dos Reis e o
atual vice prefeito Waldir Waltermann, já não estão mais em sintonia.
Waltermann que também sonhou em sentar na cadeira de prefeito, esta vendo o
tempo passar e o fim do mandato chegar, pois o atual prefeito se ausenta por 14
dias, mas não fica 15 para que o vice prefeito assuma. A maldição de ser vice
prefeito em Paiçandu parece ser algo enigmático. Os interesses pessoais estão
acima dos políticos e os interesses políticos acima da população. E desta forma entra mandato e sai mandato e tribulações
continuaram acontecendo. E a maldição de ser vice prefeito em Paiçandu ainda ronda os grupos políticos da cidade. Você me serve na campanha, mas pro meu mandato não.
Seria assim o pensamento dos últimos prefeitos que venceram as eleições no município?
Difícil dizer, porem assim tem sido. Mas uma das perguntas que não quer calar é a
seguinte. Quem terá coragem de ser vice prefeito de Tarcísio Marques em 2016? e
nas outras chapas quem vai se arriscar. Enquanto em Paiçandu os grupos
políticos pensarem apenas nas vantagens e benefícios que a política pode
proporcionar dificilmente teremos um executivo unido onde prefeito e vice falem
a mesma língua. Até porque vice é vice e desse ninguém se lembra.
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